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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

MONSENHOR JOSÉ SINFRÔNIO

Monsenhor JOSÉ SINFRÔNIO DE ASSIS FILHO
* 24 de maio de 1924 / + 19 de setembro de 2006

Ao iniciar deste dia, nosso pensamento se eleva a Deus, Todo-Poderoso, para escutar Sua Palavra , através do Evangelho que a Liturgia de hoje nos reserva:

“Com quem hei de comparar os homens desta geração? Com quem eles se parecem?”
(Lucas 7, 31).

Impossível não visitar a chapada da Serra do Cantinho, olhando para nossa Itaporanga, e não sermos conduzidos a Deus, ao menos em pensamento.
Primeiro porque nos enche os olhos a magnífica estátua do Cristo Redentor, que de braços abertos, acolhe nossos sonhos, nossas alegrias, nossas tristezas, nossos sofrimentos.
Depois porque, olhando para o horizonte, podemos contemplar mais claramente a beleza da criação, fruto exclusivo da bondade de Deus.
Finalmente porque, olhando para a lápide que lá está, com os olhos marejados, contemplamos a sepultura de um grande homem.
O Evangelho de hoje nos pergunta com quem se pode comparar os homens de nossa geração. Certamente ficaremos sem resposta, senão para lembrarmo-nos do erro e das vaidades.
Como, então, poderíamos descrever nossa geração à luz daquilo que nos legou o Grande Padre que Deus enviou à nossa cidade?
O mesmo Evangelista São Lucas, pode nos ajudar a partir de um outro trecho do seu Evangelho:
“Naquele tempo, disse Jesus à multidão: ‘Ninguém acende uma lâmpada para cobri-la com uma vasilha ou colocá-la debaixo da cama; ao contrário, coloca-a no candeeiro, a fim de que todos os que entram vejam a luz. Com efeito, tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto; e tudo o que está em segredo deverá tornar-se conhecido e claramente manifesto. Portanto, prestai atenção à maneira como vós ouvis! Pois a quem tem alguma coisa, será dado ainda mais; e àquele que não tem, será tirado até mesmo o que ele pensa ter’”.
(Lucas 8, 16-18).

Nesse trecho, ensina-nos a Palavra de Deus que ninguém acenderá uma lâmpada para escondê-la debaixo de alguma coisa. Ao contrário. Se acendemos uma lâmpada, um candeeiro, utilizamo-lo para iluminar o ambiente em que estamos. E, quando acendemos uma luz, nós, que estamos mais próximos dela, somos os primeiros a nos beneficiar do seu clarão.
Padre Zé acendeu muitas luzes em nosso caminho.
Ele soube, como ninguém, despertar a chama de Cristo entre nós.
Como pastor, foi pai. Como pai, foi zeloso guardião de nossa fé. Em nossa fé, foi nosso irmão mais velho, que nos conduziu com passos firmes e seguros nos caminhos desta vida.
Ele acendeu muitos candeeiros entre nós, e o fez muito bem, de modo que muitos puderam enxergar a grande luz que se espargia de seus atos.
Não me refiro somente aos atos religiosos, mas também aos que alcançam a ação comunitária.
Ele soube difundir o Evangelho, mais com exemplos do que com palavras.
Ele soube levar adiante sua fé, mesmo que as adversidades se impusessem com veemência. E a cada dificuldade, parece que sua fortaleza aumentava.
Ele soube plantar a boa semente, levando consigo duas ferramentas: a Palavra de Deus e a vontade de agir.
Padre Zé não acendeu luzes só da fé. Acendeu também a luz do conhecimento quando criou o Colégio Diocesano.
Acendeu também a luz da instrução, quando fundou a Filarmônica Cônego Manoel Firmino.
Acendeu também a luz da modernidade, quando implantou o sistema telefônico em nossa cidade.
Acendeu também a luz da saúde para todos, quando desencravou do ostracismo a construção do nosso Hospital Distrital.
Acendeu também a luz da assistência social, quando conduziu como ninguém os benefícios do antigo INPS em nossa terra.
Padre Zé, em nossas vidas, foi como uma corrente de pisca-piscas, como aqueles do Natal, que vez por outra acende num lugar diferente, de uma maneira diferente, mas com o mesmo sentido: dar alegria à vida do ser humano e anunciar que Jesus está próximo.
Definitivamente, Itaporanga não seria a mesma se lá na Serra do Cantinho não tivesse aquele túmulo, dando testemunho que um homem, um grande homem, clamando por Deus, trouxe Deus ainda mais perto do ser humano.
Nossa geração deve compara-se aos homens como Padre Zé: autêntico, cheio de fé e astuto no agir.
Neste 19 de setembro, não temos o que chorar!
Temos que agradecer ao Senhor pela dádiva que nos deu.
Hoje, a luz que o nosso Padre Zé nos indicou o ilumina. Rezemos para que também nós, com ele, contemplemos a alvorada do Senhor.

Postado por PAULO CÉSAR CONSERVA

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