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 Homenagem ao Monsenhor José Sinfrônio 
 6º ano de seu falecimento




 Posse de Padre José Sinfrônio de Assis Filho (Padre Zé) e a preparação do 1º centenário da Paróquia*

1- Transferências de párocos
 
Cônego Luiz Gualberto

No dia 29 de janeiro de1955 o Sr. Bispo diocesano nomeou reitor do seminário o pároco de misericórdia, Padre Luiz Gualberto.
Vaga a paróquia, o Sr. Bispo preencheu com o reverendíssimo Padre José Sinfrônio de Assis Filho que exercia as funções de chanceler da cúria diocesana.
  
2- Posse de padre José Sinfrônio

Padre Zé


Sua posse foi o dia 04 de março de1955, um dia depois de sua chegada a cidade de Itaporanga. Foi designado pelo bispo Dom Zacarias Rolim de Moura.
A solenidade contou com a participação de padre Luiz Laíres da Nóbrega (pároco da cidade de Piancó), o qual foi delegado para dar-lhe a posse.

Padre Luiz Laíres

Era a 1ª sexta-feira do mês de março e a igreja estava cheia de fieis, apesar de não se fazer presente nenhuma autoridade local.
O primeiro contato que padre José Sinfrônio teve com os movimentos e pastorais foi com o Apostolado da Oração, que ele disse ser, na época, a principal associação da paróquia. Ao tempo existia somente: Apostolado da Oração, Pia União, Ordem 3ª de São Francisco, Liga de santa Terezinha, Irmandade de São Vicente de Paulo e Obra das Vocações Sacerdotais.

3- Situação em que encontrou a paróquia

Encontrou aqui muita pobreza, jovens sem nenhuma formação e a igreja muito pobre, sem nenhum paramento.

4- Catequese

Logo que chegou a esta paróquia fez uma reunião com as moças da cidade, entre elas jovens professoras, com a finalidade de organizar a catequese em toda a paróquia e quinzenalmente aconteciam reuniões para a formação dos catequistas.
Foram formados seis centros catequéticos: Santa Maria Gorete, Santo Antônio, São Tarcisio, Santa Inês, São Luiz Gonzaga e Santa Terezinha.
O movimento catequético começou entusiasmo e no mês de maio as catequistas promoveram a páscoa das crianças, que contou com a participação de 1.000 crianças na santa Missa, onde 400 comungaram.

5- Trabalhos de ampliação da nova matriz

Numa segunda-feira, 1º de agosto de 1955, contando como sempre com a boa vontade e entusiasmo do povo de Deus e com vistas ao 1º Centenário da paróquia, padre José iniciou as trabalhos de ampliação da nova matriz para que, neste templo, todo o povo católico pudesse entoar um hino de louvor e agradecimento ao pai Onipotente por tudo quanto Ele tem atribuído ao nosso favor.
Novo Altar da Igreja Matriz
Entre os inúmeros serviços ali efetuados mencionamos: a) aumento da matriz em 16 metros para trás; b) nova limpeza; c) novo coro e altar novo feito sob a perícia do mestre Antônio Israel; d) os janelões, que eram de madeira, foram aumentados e substituídos por vitrais doados por famílias desta cidade.
Todo o seu forro foi feito de cimento armado e o seu telhado, que era de material comum, foi devidamente substituído por telhas francesas, doadas pelas crianças da cidade, as quais realizaram uma campanha para este fim. Salientamos, ainda, que o ferro do forro da nave esquerda foi doado pelos professores desta cidade.
Adquiriu-se nova bancada, confeccionado 40 bancos pelo preço de Cr$ 10.000,00 cada um. Os capitéis colocados no alto das colunas foram confeccionadas por mestres trazidos do Recife-PE.

Colorido da Capela-mor

O admirável colorido da capela-mor foi executado pelo casal Makk, artistas estrangeiros, ele húngaro e ela africana, os quais fizeram bastantes pinturas pelo Brasil, onde destacamos o Teatro e a Catedral de Manaus e, ainda, o Palácio do Governo da capital do Pará, Belém.

Casal Makk

O prefeito municipal da época, Dr. Francisco Clementino de Carvalho contribuiu com a importância de Cr$ 50.000,00.
“Nenhum outro marco poderia perpetuar este acontecimento do que artisticamente preparar a Templo do Senhor”, disse Padre José acerca da ampliação da matriz para as comemorações do centenário da paróquia. 
O projeto de ampliação foi arquitetado pelo próprio padre José Sinfrônio que expôs a apreciação de outros sacerdotes entendidos em arte sacra. Então, a plantão do projeto de ampliação da nossa matriz foi aprovada pela cúria diocesana.

6- Ano de 1956: Fundação da Escola São Domingos Sávio

Devido à quantidade de estabelecimentos de ensino da cidade ser pouco e deficiente e o número de alunos muito grande, padre Zé conseguiu junto ao governo a instalação de uma escola (Santo Antônio) na rua Santo Antônio, centro, desta cidade e criou também no dia 04 de março de 1956 a Escola Paroquial São Domingos Sávio que contava com 08 alunos e tinha como professora Maria Nazaré Lau.

7- Fundação da Cruzada Eucarística Infantil (C.E.I)

Foi fundada em 29 de junho de 1956 com a participação de 12 crianças (06 meninos e 06 meninas), tendo como coordenadora a professora Maria Ivonete Vieira. Na oportunidade, Padre Zé disse “o futuro de um povo e de uma família está na formação de seus filhos”.

8- A paróquia assume a responsabilidade dos trabalhos do Hospital Regional


Hospital Regional de Itaporanga

O Hospital Regional de Itaporanga foi iniciado pelo prefeito Dr. Praxedes Pitanga por volta do ano de1945. Mais tarde, o Dr. João Franco da Costa entregou-se de corpo e alma aos trabalhos de construção do hospital, que estava parada há anos e, justamente com o Dr. Balduíno de Carvalho, convidou Pe. José Sinfrônio para assumir a direção dos trabalhos, tendo por tesoureiro o Sr. Sebastião Rodrigues, escolhido pelo próprio padre Zé. Nosso pároco permaneceu a frente dos trabalhos até o dia 20 de abril de 1959.

Balduíno de Carvalho
 
Praxedes Pitanga


João Franco
 9- reunião do pároco com as autoridades locais

No dia 05 de setembro foi realizada uma reunião na casa paroquial com as principais autoridades para tentar melhorar a vida moral da cidade. Um dos pontos mais visados foi o afastamento do meretrício do centro da cidade, chegando-se a conclusão que o prefeito Abrão de Sousa Diniz faria casas em outra zona para localizá-lo.

10- Festa da padroeira

No dia 28 de novembro foi realizada a cerimônia de hasteamento da bandeira, antes, porém, foi realizada uma pequena procissão com lâmpadas a álcool, isto por motivo da falta de iluminação, que fez com que a festa deste não perdesse muito seu encanto.
 O novenário foi muito desanimado e a igreja não foi bem freqüentada durante estes dias. No dia da festa houve na Avenida Getúlio Vargas o encerramento do pastoril que tinha por organizadora a professora Francinete Soares.

11- Ano de 1958

Neste ano tiveram início os preparativos para as comemorações do centenário da Paróquia. No sermão da missa do ano novo, falou-se claramente a respeito disto.
No mês de junho teve início a visita pastoral com o intuito de despertar as consciências para o sentido de gratidão a Nosso Senhor. “ Esta gratidão que não deve ser somente de palavras, nem de simples atos, mas sobretudo pela renovação de uma verdadeira vida cristão”. Este foi o pensamento predominante durante todo o tempo de preparação para o centenário, segundo as palavras de Padre Zé.

12- Março de 1958

Estamos por este tempo vivenciando uma das etapas mais difíceis do nosso paroquiato. A seca está declarada. O povo invade a cidade.
 Por esta época estava iniciado os trabalhos do saneamento.
Neste dia, quase a força foram empregados 1.200 homens, sem ter o que fazer. Grande parte já se retira procurando o sul do país, principalmente Brasília. Toda semana um ou dois caminhões partem.
Juscelino Kubitschek
Apelou-se para o Presidente da República Juscelino Kubitschek, ao qual por iniciativa do padre Zé, foi remetido um telegrama narrando a situação e pedindo uma solução, que de boa mente atendeu nosso telegrama assinado pelas principais autoridades do lugar. Conforme resposta, dentro de curto prazo a nossa população estaria socorrida.
Memorial ao Presidente da República: “Ao Presidente da República, o Exmº Sr. Juscelino Kubitschek de Oliveira enviado de um memorando, por esta paróquia, por intermédio do Bispo Diocesano D. Zacarias Rolim de Moura”.

Dom Zacarias Rolim

A data deste documento é do dia 1º de julho e o conteúdo do mesmo é um pedido ao Sr. Presidente, a fim de que se faça a extensão da rede elétrica de Coremas e esta cidade o quanto antes.
A razão porque assim se fez este documento foi pela angústia em que se vivia sem energia e ainda mais por se aproximar o centenário. (padre Zé).

 13- Histórico do brasão do centenário da paróquia

Nos preparativos para a celebração do 1º centenário da Paróquia a comissão responsável pela festa dos 100 anos de história decidiu criar o seu brasão oficial, a fim de que ficasse na memória do povo a data de criação da paróquia, 11 de julho de1860.

Brazão da Paróquia

As Irmãs Dorotéias do Colégio Nossa Senhora de Lourdes de Cajazeiras-PB, sob a orientação da superior Madre Guerra, apresentaram o projeto do brasão que foi aprovado e oficializado pela comissão e pelo vigário.

No escudo existe um campo dominado pela cor azul, símbolo do nosso firmamento e do manto da Santa Mãe de Deus.
Em baixo do escudo, vemos a figura de montes, simbolizando as terras de Itaporanga. Em cima destes montes surge um lírio, símbolo de Nossa Senhora da Conceição que gerou o seu Santíssimo Filho como vemos representado no “PX” colocado sobre o lírio, surgindo sobre as terras de Itaporanga com o título de padroeira da nova paróquia da Diocese de Cajazeiras-PB.

14- Festa da Padroeira

A Missa da festa foi celebrada na nova matriz, onde os trabalhos já estavam bem adiantados. Alguns vitrais já estavam colocados para admiração de todos. Foram os vitrais doados por Emídio Alves, outro pelas mães da paróquia e outro pelo Monsenhor Gomes.

15- Dia da entrada do ano jubilar: 11 de julho de 1959

Este dia foi ardentemente esperado pelo povo e por ser um dia de sábado a igreja ficou lotada com a presença do povo. Foi neste dia que pela primeira vez ouviu-se o hino do Centenário cantado por um grupo de jovens. No sermão desta celebração, Padre José falou que um dia nesta terra de Misericórdia foi fincada uma cruz e foi feito um altar para agradecer uma grande graça a Deus, a criação da Paróquia. 


Vitrais da Matriz

16- Visita de Nossa Senhora aos lares de Itaporanga

No mês de julho teve início a visita de Nossa senhora aos lares, como parte das comemorações do ano jubilar.
 Partida da imagem da igreja matriz foi em 20 lares e o primeiro lar foi o do Sr. Abrão de Sousa Diniz. Em todas as casas era rezada a oração do centenário e o esposo ou a esposa rezava um mistério do terço pela conversão dos pecadores da paróquia. A finalidade desta visita não teve nenhum fim econômico, tanto é assim que não se recebeu nenhuma oferta. A única finalidade era levar aos lares a imagem de Nossa Senhora.  

Imagem de Nossa Senhora

17- Ano de 1960

Desde a entrada do ano o único pensamento existente entre todas as classes era o centenário da paróquia. Havia entre o povo grande expectativa a respeito das festas centenárias.

18- reunião para decidir o programa do centenário

No dia 10 de abril de 1960, pelas 20 horas, realizou-se na igreja matriz uma reunião com as presenças de diversos homens do comercio, autoridades, senhoras da sociedade e o povo em geral. Nesta reunião chegou-se a conclusão que seria impossível realizar as festividades no dia 11 de julho, então ficou decidido que as comemorações ficariam adiadas para a festa da padroeira em 08 de dezembro. Pela passagem do dia 11 de julho apenas se faria uma pequena comemoração.

19- Maio de 1960

Por este tempo já estava nas das etapas finais dos serviços da matriz que foram o piso e o altar-mor. Todos os meios de angariar donativos foram lançados no intuito determinar todos os trabalhos no tempo das comemorações centenárias.

20- Missões de Frei Damião

Do dia 1º a 7 de julho, na sede, tiveram início as missões de frei Damião acompanhado do Frei Fernando.
Foram dias intenso movimento, bastando dizer que em sete dias foram distribuídas 14.000 comunhões. Muitas pessoas que estavam afastadas da Mesa Eucarística aproveitaram a oportunidade para aproximar-se. No fim destes dias de missões foi feita uma preparação para a comemoração do dia 11 de julho.

21-  100 anos de Paróquia: dia 11 de julho de 1960

Foi organizada a seguinte programação para celebrar os 100 anos da Paróquia:
a)      Às 05 horas da manhã, salva de 21 tiros;
b)      Repicar festivo dos sinos;
c)      Uma crônica, intitulada Desperta Paróquia Centenária lida na amplificadora local;
d)      Às 06 horas, Missa pelos fiéis falecidos da Paróquia nos100 anos;
e)      Às 09h30min, Missa celebrada pelo Reverendíssimo Pe. Luis Gualberto em ação de graças;
f)        Às 14h30min, foi lançada a pedra fundamental do Ginásio Diocesano (atual Colégio Diocesano Dom João da Mata), onde fizeram uso da palavra Pe. Zé, o Pe. Luis Gualberto, o acadêmico Paulo Soares e o representante do prefeito em exercício Francisco Chagas Soares;
g)      Às 16h, houve um pequeno desfile pelas principais ruas da cidade que terminou em frente à igreja matriz às 18h, onde foi rezado o Angelus, com o canto da Ave Maria por Evanina Chaves. Logo depois, pronunciaram-se o Dr. Francisco Neves Brasileiro e a Drª. Pulqueria Pinto. Em seguida, houve a coroação da imagem de Nossa Senhora.


Ginásio Diocesano

22- Chegada da imagem de Nossa Senhora a Itaporanga

A imagem começou a peregrinação as capelas no dia 11 de outubro. E no dia 21 de novembro, pelas17h, foi recebida festivamente por uma multidão incalculável que se concentrou na entrada da cidade. A imagem vinha da capela do Exu. Ao chegar à cidade, os sinos repicaram e o povo, espalhado por toda a Avenida Getúlio Vargas, aclamava a Rainha dos Céus.

23-  Mensagem do Núncio Apostólico

Com muita alegria a paróquia recebeu uma homenagem do Núncio Apostólico Dom Armando Lombardi por ocasião do centenário.

Fonte: Livro Tombo da Paróquia.
            
  Cônego Manoel Firmino: nosso eterno vigário
Cônego Manoel Firmino
Manoel Firmino Pinheiro nasceu em 12 de dezembro de 1870 na cidade de Penedo-AL. Foi ordenado Padre em 01 de novembro de 1896 em Recife-PE.
No 01 de dezembro de 1935 o Padre Manoel Firmino tomou posse da Paróquia de Misericórdia-PB (Itaporanga); no dia 15 de Janeiro de 1940 assume as capelas de São Paulo (Diamante), São Boa Ventura, Bruscas (Curral Velho), Varzante, Pitombeira de Misericórdia, Nova Olinda e Santana dos Garrotes.
Pouco mais de cinco anos depois (6/10/1945) houve uma visita Pastoral de D. Henrique Gelain, acompanhado dos Franciscanos Frei Modesto e Frei Guilherme, a Paróquia de Misericórdia. Já em 26 de Agosto de 1949 foi realizada outra visita Pastoral, desta vez por D. Luís Mousinho, acompanhado pelo missionário Frei Bruno e Pe. Nicolau Leite. Durante esta última visita Cônego Manoel Firmino estava doente há 3 meses e estava sendo auxiliado pelo carmelita Frei Cirilo Pereira de Araújo, do Carmelo de Princesa e pelo Pe. Luís Gomes, cooperador de Pombal.
No 01 de Janeiro de 1950 provisão para o Pe. Milton Arruda de Alencar, Vigário cooperador. Nova provisão em 15 de Fevereiro de 1951 do vigário cooperador e capelão da Comunidade das irmãs Carmelitas, o Pe. Antonio Lisboa das Graças, tocador de acordeon, órgão e autor da música do hino da Padroeira cantado até hoje nas celebrações. Outra provisão em 22 de Fevereiro de 1952 do vigário cooperador o Pe. Luiz Gualber Gonzaga da Nóbrega. E no dia 18 de março de 1952 capelão das Irmãs Carmelitas.
 Santas Missões de 1954
De 30 de Maio a 22 de Junho houve as Santas Missões nesta Paróquia pregadas pelos religiosos franciscanos maiores Frei Crisólogo e Frei Evaristo. Os frades estiveram em todas as capelas da paróquia.
Na cidade de 30 de Maio a 6 de Junho houve um grande movimento na Matriz. Enceram-se as missões com uma apoteótica procissão de Jesus Sacramento. Depois de realizadas as Santas Missões nesta Paróquia os frades foram para a de Santana dos Garrotes, que tinha como Vigário o Pe. Luiz Gualberto.
Falecimento do Vigário Cônego Manoel Firmino
No dia 23 de Junho do ano de 1954 falecia na casa paroquial, cercado de seus filhos adotivos, perante o médico Dr. Balduíno de Carvalho, o Reverendíssimo Cônego Manoel Firmino Pinheiro.
Que morreu de ataque cardíaco. Na véspera de sua morte tinha confessado, mas não recebeu a extrema unção e o viático.
O vigário cooperador encontrava-se na Capela de São João Batista de Pitombeira, município de Santana dos Garrotes, orientando os missionários. Por volta de 5:30h da manhã o vigário cooperador o Pe. Luís Gualberto recebeu a triste notícia do falecimento do vigário através do fabriqueiro Luís Leite Guimarães e o jovem Eduardo Pereira.
Missa de corpo presente
Convite Missa
A missa de corpo presente foi celebrada às 9 horas com a Matriz repleta de fiéis, após a missa o corpo continuou na Matriz até a hora do enterro.

O enterro realizou-se pelas 17h e estiveram presentes no sepultamento o Reverendíssimo Bispo Diocesano D. Zacarias Rolim de Moura, os Padres Manoel Pereira, Joaquim Ferreira de Assis, Manoel Otaviano, Márcio Rolim, João Cartaxo Rolim, Clérigo José Dias, Pe. Francisco Sitonho e Pe.Luís Laíres. Uma multidão incalculável de fiéis compareceu ao enterro. Veio também uma representação do Ginásio Diocesano de Patos. A Escola Normal Pe. Diniz fez-se toda presente.

A Madre geral da congregação carmelita Maria Bernadete de Jesus, quando chegou já estava no final do sepultamento, não conseguindo ver mais o corpo.
Visita a cova do Cônego Manoel Firmino em 24 de Julho com as exéquias solene e a oração fúnebre do pranteado e comungaram mais de 1.300 pessoas pelo repouso eterno do vigário.
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Povoado de Misericórdia

Rio Piancó


Misericórdia nasceu à beira do rio Piancó (foto ao lado) , a partir da chegada de um desbravador português, Antonio Vilela de Carvalho, que adquiriu junto à casa da torre, na Bahia, em 28 de julho de 1765, as terras que mais tarde deram origem ao município.

A ocupação definitiva das terras aconteceu anos depois com a chegada de Joaquim Fonseca (conhecido por Joaquim Carnaúba), João Madeiro, Padre Lourenço e Alexandre Gomes da Silva, que iniciaram a ocupação do lugar, começando pela construção de uma capela que consagraram a Nossa Senhora do Rosário (foto abaixo) e que contava apenas da parte que hoje é a capela mór.

Antes                                              Depois

A capela pertencia à paróquia de Pombal-PB. Alguns anos depois, a Capela passou a pertencer à paróquia de Piancó-PB e em torno dela começaram a surgir as primeiras moradias.

Nossa Senhora do Rosário


A vila era chamada Misericórdia, posto que a imagem de Nossa Senhora do Rosário que havia sido entronizada na Capela (foto ao lado) tinha vindo da Santa Casa de Misericórdia, em Lisboa, Portugal.

Criação da paróquia

A vila prosperou de tal modo que, no dia 02 de agosto de 1859, era lido na Assembléia Provincial da Parahyba do Norte o ofício do Bispo de Olinda, Dom João da Purificação Marques Perdigão, comunicando o seu assentimento em elevar a capela de Misericórdia ao termo de Matriz, o que deu ensejo ao presidente da província, Luiz Antonio da Silva Nunes, em sancionar, no dia 11 de julho de 1860, a lei nº 05, que criava a paróquia de Nossa Senhora da Conceição (foto abaixo) em Misericórdia. Àquela época, reinava como Sumo Pontífice o Santo Padre o Papa Pio IX.

Antes sem a torre                        hoje com a torre

Juntou-se ao esforço da Igreja, tendo à frente o Padre Lourenço, pároco da Paróquia de Santo Antonio em Piancó, a dedicação do povo de Deus e as pessoas influentes da vila, a fim de conseguirem a criação da paróquia. Para se ter uma idéia, Cajazeiras, mesmo com a influência que tinha, por ser a terra do Padre Rolim, ao ponto de ser vista como o centro da cultura paraibana naquela época, tornou-se paróquia apenas um ano antes de Itaporanga. Percebe-se, pois, que o Padre Lourenço tinha certa influência dada pelo povo naquela época, de modo a viabilizar tamanho acontecimento. Foi como que um reconhecimento do muito que ele fez.

Padroeira da paróquia

Como capela, tínhamos como padroeira Nossa Senhora do Rosário, que era a grande devoção naquela época à Santa Mãe de Deus.

Em 1860, uma outra devoção a Nossa Senhora ganhava corpo: se espalhava por todo o mundo Católico o Dogma da Imaculada Conceição de Maria, proclamado em 1850 pelo Papa Pio IX.

Com a instalação da Paróquia, em 11 de julho de 1860, a devoção à Imaculada Conceição foi levada à Matriz, que passou a ser Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.

A imagem da padroeira (foto abaixo)  é detalhada com folhas de ouro e esculpida de madeira maciça.

Nossa Senhora da Conceição



Nossa Senhora da Assunção

Não se sabe ao certo a data de sua chegada, mas encontra-se embaixo do pedestal da imagem um escrito que data o tempo de sua criação e o nome do seu escultor: “o pernambucano Manoel da Silva Amorim, fez esta no ano de 1859”, diz a inscrição (foto abaixo).

Por causa das festividades do Centenário de Instalação da Paróquia, no ano de 1960, a imagem foi substituída por outra. Tal substituição se deu no mês de Maio de 1960. No entanto a nova imagem não era a de Nossa Senhora da Conceição, mas sim de Nossa Senhora da Assunção (foto ao lado), esculpida em madeira por um português da cidade do Rio de Janeiro e foi doada pelo industrial, Francisco Teotônio Neto.



No dia 10 de agosto de 1984, o frei José Maria Verçosa Bezerra (foto abaixo - 1a) esclareceu a comunidade sobre o equívoco de anos atrás e, com permissão do então Bispo de Cajazeiras, Dom Zacarias Rolim de Moura (foto abaixo - 1b) e a concordância da comunidade paroquial, a antiga imagem voltou a ser colocada no altar.

                      1a- Antes- Frei José Maria  | hoje- Monsenhor José Maria                          

1b- Bispo Dom Zacarias

O povo viu a verdadeira imagem de sua padroeira no lugar devido e aclamaram com uma vibrante salva de palmas e vivas espontâneos que saíram dos lábios de todos.

A hora exata da mudança foi às 15h30mim.

A imagem de Nossa Senhora da Assunção permanece hoje na Igreja Nossa Senhora do Rosário.
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Igreja do Rosário

Padre Lourenço tratou de negociar a demarcação de uma área para construção de uma capela dedicada a Virgem do Rosário. O local é o mesmo onde hoje se encontra a igreja e foi escolhido por Madeiro, que era muito religioso e desejava segundo se conta, ver a capela todos os dias, logo cedinho, da janela da casa que construiu e onde morava no alto onde foi construído dezenas de anos depois o Colégio Diocesano “Dom João da Mata”...
Escolhido o local para a capela, de imediato foi erguida uma cruz de madeira, sentado em uma base de pedra, simbolizando o poder divino. A pequena igreja logo foi construída, um pouco atrás e a maneira que os meses passavam novas famílias chegavam ao pequeno povoado, agrupando-se nas ruas periféricas à Capela do Rosário, tornando-se o lugarejo, em poucos anos, em vila bastante desenvolvida.

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CONSTRUÇÃO DA NOVA MATRIZ


Foto da Igreja Matriz no ano de 1923, ainda sem torre.

            Corria o ano de 1874, passados 34 anos depois de operados as obras de construção da 1ª Matriz, quando se pensou em erigir o segundo templo nesta Paróquia. A frente deste empreendimento estava o Frei Antônio Honorato, que com grande esforço tomou para si a responsabilidade de iniciar esta obra. 
No ano seguinte, apresentou-se para continuar os trabalhos o Frei Herculano e, em 1876, Frei Herculano deu tamanho impulso a construção que deixou esta a altura de 40 palmos. Devido à seca que assolou as paisagens deste sertão, em 1877, os trabalhos foram paralisados pela inclemência do templo, o vigário foi obrigado a se retirar desta cidade havendo por isso um atraso lamentável no bom andamento destes serviços.
Só então em 1918, o Pe. Joaquim Ludjero Pereira Diniz, vigário da Paróquia, fez com que prosseguissem os serviços de construção, Frei Martinho que, com exigência e força de vontade quis que os trabalhos se projetassem dentro de uma nova planta que havia trazido da Alemanha. Executando a obra mediante sua orientação, tendo como mestre de obra o Sr. Sebastião Ferreira da Silva, homem entendido na arte e que já havia trabalhado anteriormente no Recife, sendo seu auxiliar o Sr. Luiz Leite Guimarães. Ainda sem torre, mas já feita a limpeza externa, lateral e interna, a nova Matriz foi benta pelo Bispo Diocesano D. Moisés Sizenando Coelho em 15 de Novembro de 1923.
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