Vaticano (ACI/EWTN Noticias) – Em suas
palavras prévias à oração do Ângelus, diante de milhares de fiéis reunidos na
Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI recordou que “tudo passa mas a Palavra de Deus não muda e
perante essa cada um de nós é responsável pelo seu próprio comportamento”.
O Santo Padre destacou o caráter
“escatológico” do Evangelho deste domingo, no qual Jesus se refere aos últimos
tempos, e destacou que “Jesus não descreve o fim do mundo, e quando usa imagens
apocalípticas, não se comporta como um ‘vidente’”.
“Pelo contrário, Ele quer subtrair os
seus discípulos de todos os tempos à curiosidade pelas datas e previsões,
fornecendo-lhes isso sim uma chave de leitura profunda, essencial, e sobretudo
indicar a via justa sobre como caminhar, hoje e amanhã, para entrar na vida
eterna”.
O Papa disse que esta passagem bíblica
seja “provavelmente o texto mais difícil dos Evangelhos”.
“Essa dificuldade deriva tanto do
conteúdo como do linguagem: fala-se de facto de um futuro que ultrapassa as
nossas categorias e é por isso que Jesus utiliza imagens e palavras retomadas
do Antigo Testamento, mas – sobretudo – insere um novo centro, que é Ele
próprio, o mistério da sua pessoa e da sua morte e ressurreição”.
Bento XVI sublinhou que de fato o
“Filho do homem” de que fala o Evangelho, retomando a profecia de Daniel, é o
próprio Jesus, que põe em ligação o presente com o futuro. “As antigas palavras
dos profetas encontraram finalmente um centro na pessoa do Messias nazareno. É
Ele o verdadeiro acontecimento que, nos meios dos abalos e perturbações do
mundo, permanece como o ponto firme e estável”.
Bento XVI destacou a afirmação de
Jesus “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”,
observando que na Bíblia é a Palavra de Deus que está na origem da criação.
“Esta potência criadora da Palavra divina concentrou-se em Jesus Cristo, Verbo
feito carne, e passa também através das suas palavras humanas, que são o
verdadeiro firmamento que orienta o pensamento e o caminho do homem sobre a
terra”.
O Santo Padre indicou que “Também nos
nossos tempos não faltam calamidades naturais, e infelizmente, não falta também
guerras e violências. Também hoje em dia temos necessidade de um fundamento
estável para nossa vida e para a nossa esperança, por maioria de razão por
causa do relativismo em que estamos imersos”.
“Que a Virgem Maria nos acolha este
centro na Pessoa de Cristo e na sua Palavra”, concluiu.
Da
Redação ACI Digital
Postado por Paulo César Conserva
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